domingo, 17 de março de 2013

Conheça o Autismo

 
O que é: 
O autismo é uma síndrome comportamental que causa comprometimentos no relacionamento e interação com outras pessoas, na linguagem e apresenta comportamentos restritos e repetitivos.
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é entre duas e quatro vezes, mais comum em meninos do que em meninas (por isso a cor que o simboliza é o azul). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID). Mais recentemente usou-se o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.
O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.
Atualmente, o autismo é uma área de intenso interesse, em que diferentes estudos se estabelecem e promovem desde alterações conceituais até modificações terapêuticas de fundamental importância.
Em 18 de dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Em 2008 houve a primeira comemoração da data pela ONU. Em 2010, a ONU declarou que, segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. O aumento dos números de prevalência de autismo levanta uma discussão importante sobre haver ou não uma epidemia da síndrome no planeta, ainda em discussão pela comunidade científica. No Brasil, foi realizado o primeiro estudo de epidemiologia de autismo da América Latina, publicado em fevereiro de 2011—com dados de 2010-, que aferiu a prevalência de um caso de autismo para cada 368 crianças de 7 a 12 anos. Outros estudos estão em andamento no Brasil.
Características:
O autismo é caracterizado por diversos distúrbios:
• de percepção, como por exemplo dificuldades para entender o que ouve;
• de desenvolvimento, principalmente nas esferas motoras, da linguagem e social;
• de relacionamento social, expresso principalmente através do olhar, da ausência do sorriso social, do movimento antecipatório e do contato físico;
• de fala e de linguagem que variam do mutismo total: à inversão pronominal (utilização do você para referir-se a si próprio), repetição involuntária de palavras ou frases que ouviu (ecocalia); e
• movimento caracterizado por maneirismos e movimentos estereotipados.
Sinais de alerta:
A criança prefere ficar sozinha. Quando deixada deitada no berço ela não reclama, parece preferir o berço ao colo dos pais.
Crianças sem autismo geralmente imitam os adultos e querem todas as atenções voltadas para ela, já as crianças com sinais de autismo não acompanham os acontecimentos a sua volta.
Crianças de cerca de um ano com autismo vão de colo em colo e não estranham as pessoas, como seria esperado de uma criança nesta idade.
Ficam horas fazendo o mesmo movimento, com o mesmo objeto, sem finalidade aparente, um dos mais comuns é ficar rodando um objeto.
Apresentam reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo.
A criança pode apresentar movimentos corporais repetidos, como movimentos de balanço, às vezes, até de forma violenta. Além disso, o transtorno pode vir acompanhado de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade).
Ainda não existe um exame complementar, laboratorial ou de imagens, para diagnosticar o autismo infantil. Ele ainda é identificado através de exames clínicos. É fundamental que pessoas que trabalham e convivem com crianças saibam identificar sinais ou sintomas típicos de autismo em bebês ou crianças pequenas. Cerca de 60% das crianças com autismo apresentam sinais da doença ao nascer.
Uma vez identificado que o processo de desenvolvimento está alterado, a criança deve ser examinada por um especialista (pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil) para que o diagnóstico seja feito e os tratamentos reconhecidamente eficazes sejam instituídos.
Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.
O diagnóstico precoce e a implantação correta dos tratamentos resultarão em significativa melhoria no desenvolvimento infantil e na qualidade de vida da criança e de seus familiares.
Causas:
As causas do autismo são desconhecidas. Problemas cromossômicos, gênicos, metabólicos e mesmo doenças transmitidas/adquiridas durante a gestação, durante ou após o parto, podem estar associados diretamente ao autismo. Entre 75 a 80% das crianças autistas apresentam algum grau de retardo mental, que pode estar relacionado aos mais diversos fatores biológicos. Portanto, a evidência de que o autismo tem suas causas em fatores biológicos é indiscutível, fazendo-nos reconsiderar os estudos iniciais que consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo.
Tratamento:
Hoje, o tratamento do autismo não se prende a uma única terapêutica. O uso de medicamentos, que antes desempenhava um papel de fundamental importância no tratamento (devido à crença da relação do autismo com os quadros psicóticos do adulto), passa a ter a função de apenas aliviar os sintomas do autista para que outras abordagens, como a reabilitação e a educação especial, possam ser adotadas e tenham resultados eficazes.
Mitos:
Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo. Pode ser que essa criança simplesmente tenha dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa. Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe alguma). Problemas na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em alguns casos, pode realmente estar presente, mas como dito acima nem todos são assim. Às vezes é difícil definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na verdade, alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da média.
É relevante salientar que essas informações devem ser utilizadas apenas como referência. Além de destacar a importância do diagnóstico precoce, "porque quanto mais cedo é identificado um transtorno, mais rápido o curso normal do desenvolvimento pode ser retomado. Porém os resultados dependem não somente da identificação dos atrasos e da indicação dos tratamentos adequados e eficazes, mas da aceitação dessa condição diferenciada pelas famílias e pelo futuro de cada um, que não dominamos nem sabemos", segundo o psiquiatra da infância e adolescência Walter Camargos Jr.

Conheça o autismo, para ele ainda não há cura, mas para a deficiência do Desconhecimento já existe!

Mada '

* Informações extraídas de minhas pesquisas e leituras em sites da internet, conversas com profissionais, observação do meu neto, Tarcísio, livros e revistas.


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